terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Cenas da Cidade

É pungente a comoção de quem para num semáforo e se emociona até as lágrimas ao ver crianças pedindo esmolas.Mas a luz verde mais cedo ou mais tarde se acende, e a pessoa vai embora com o seu carro. As crianças mudam de lugar na consciência
dele:saem do lado da janela e assumem posição distante no retrovisor do carro. Ficam para trás,do ponto de vista do motorista, mas vão permanecer no mesmo lugar, na vida real,na esquina, sujas e maltrapilhas.O motorista,em breve,distraído por outros semáforos e cartazes de publicidade, vai pensar em outras coisas,e vai se esquecer da emoção que sentiu.As crianças, porem, não esquecem a fome, a sujeira nem o olhar comovido mas inútil do motorista que nada, nada mesmo, fez por elas. ACREDITAR É NUNCA DEIXAR DE TER ESPERANÇA.É nunca ter medo de se desvencilhar do supérfluo para encontrar e essencial. É lançar-se e entender que somente na insegurança do vôo a águia prova que pode ser feliz. Eis nosso sonho. Eis nossa ação. Viemos e estamos aqui. Iremos para não sabemos onde.Mas ser feliz é uma "condenação" da qual nem uma pessoa deve ser "absolvida", sob pena de não entender o que faz por aqui, nesse fascinante rincão chamado mundo. Que o universo nos de o tom dessa harmonia e que a regência dessa orquestra nos motive a não desafinar a sintonia.
Gabriel Chalita (Os Dez Mandamentos da Ética).

O que fazer diante das situações errôneas da vida? Como a vida de crianças que estao em situações de risco. Muitas crianças deixam a sala de aula e vivem em completo
abandono nas ruas acostumando-se com a violência, prostituição, fome, falta de amor, falta de cidadania. Crianças sem direitos, crianças a mercê de tudo e de todos, perdendo sua infância, perdendo suas vidas. È preciso fazer algo para mudar esta realidade,um bom exemplo é o projeto Peti (erradicação do trabalho infantil), mas infelismente não é o suficiente, a sociedade como um todo tem a responsabilidade de se empenhar mais para mudar está realidade, que as cenas da cidade como essas que mostramos não sejam comuns, que as pessoas procurem fazer cada um a sua parte, denunciando, protegendo e encaminhando para os orgãos competentes, procurando parcerias com a comunidade, buscando resolver e acabar com essa triste realidade.

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